Com certeza você já ouviu falar em algum desses nomes. Se é profissional da área ou apenas um amante da natureza, certamente frequenta um pedaço de chão que esteja dentro de uma área dessas.
Esses territórios são demarcados segundo uma série de fatores, como ecossistemas, dinâmica florestal, fauna e flora, relevo e por aí vai. O que eles têm em comum é o preceito básico de se buscar a manutenção do meio ambiente para que o direito ao seu uso seja sustentável e garantido para a atual e as futuras gerações. Dentre outras palavras, essas porções do espaço e todas as redes que as constituem são conhecidas como Unidade de Conservação (UC).
Cada uma dessas supracitadas tem uma função específica, desde preservação total da natureza, que é o caso das REBIO, como também a de integração homem-natureza a fim de perpetuar culturas e saberes que caminham em comunhão e completa compatibilidade com o desenvolvimento natural do meio, gerando renda para muitas pessoas e, também, preservando o meio ambiente.
Para entendermos a importância das UC em nossas vidas, primeiro é importante relembrarmos um pouco mais sobre sua história no país.
Criação das Unidades de Conservação
Desde a ECO92 que o Brasil intensifica ações para assegurar um melhor equilíbrio e qualidade ambiental em seu território.
A gestão ambiental dos recursos naturais nos territórios nada ou pouco antropisados ganhou importância a partir da criação a Lei Federal Nº 9985 de 18 de julho de 2000, com a criação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, popularmente conhecido como SNUC.
O SNUC, além de fornecer um grande arcabouço legal de conceitos e metodologias, cria as famosas unidades de conservação com o intuito de aplicar a presente lei nestes territórios, fazendo deles os espaços que irão promover a intensificação do desenvolvimento sustentável, a proteção e recuperação de espaços degradados de recursos hídricos e outros, além de incentivar a educação ambiental como um forte instrumento de mudança social.
As Unidades de Conservação se subdividem em Unidades de Proteção Integral, que como o próprio nome já deixa claro, pretende preservar a natureza dos efeitos nocivos das ações antrópicas; e em Unidades de Uso Sustentável, que é aquela que permite a interação dos seres humanos com o meio, como parques, reservas extrativistas e outros usos.
Desta forma, o SNUC pretende compatibilizar a preservação ambiental, a conservação do recursos naturais e das culturas impregnadas nesses territórios, o desenvolvimento econômico e social sustentável e a formação de sujeitos que darão outros caminhos para as questões socioambientais brasileiras, seja por intermédio do ativismo, seja por meio de mudanças nos hábitos diários de produção e consumo.
Importância das Unidades de Conservação
As unidades de conservação são fundamentais para as cidades brasileiras, pois ao mesmo tempo que preservam e conservam o meio ambiente, também garantem o futuro de nosso povo.
A educação ambiental que é praticada nesses espaços é de vital importância para que possamos construir relações mais respeitosas e duradouras com os recursos naturais, melhorando assim nossa qualidade de vida, o ar que respiramos, a água que bebemos e o alimento que consumimos.
Assim, os territórios das unidades de conservação são ótimos espaços de troca de experiências, saberes e da prática socioambiental que faz a diferença para a construção de um futuro verdadeiramente sustentável para o país. São nas florestas, nos rios e lagoas que nossa consciência mais profunda se reconecta com o mundo, nos relembrando de que somos parte de um todo, e que natureza e ser humano são uma coisa só.
O Brasil talvez seja o país mais plural do mundo, sendo um verdadeiro multiverso de culturas, idiomas, ancestralidade e herança. Nossa riqueza culinária, artística e de modos de vida se deve a preservação esse patrimônio imaterial, que é nossa história.
Preservar o meio ambiente e nossas culturas é respeitar a história de nosso país, de nosso povo, e as unidades de conservação não conservam só a natureza, como também a nossa memória e as nossas raízes.